Todos precisamos — de uma forma ou outra — de uma rotina (por mais louca e incompreensível que seja). É algo essencial para nosso dia-a-dia! Tenho aprendido por experiência com a criação de filho que uma boa rotina gera segurança e confiança. Ambos são base para amadurecimento e crescimento.
Sempre curti uma boa rotina. Se eu tivesse espaço, tempo, energia e uma bola de cristal, eu seria muito sistemática. Um dia bom para mim geralmente é um dia no qual a rotina foi seguida e o tempo foi "bem aproveitado". Imprevistos? Improvisos. Hoje em dia eu tento. Nem sempre consigo. Na verdade, geralmente não consigo. Mas há uma rotina prevista na minha cabeça que determina o começo, meio e fim do dia e, no geral, essa rotina super básica é seguida tranquilamente, seja pela firme força de vontade dos pais ou pelo simples desenrolar dos eventos.
No entanto, sempre foco demais na rotina e há momentos em que me encontro totalmente desorientada na imensidão da vida. Nessas horas, preciso me esforçar para lembrar exatamente onde estou (e às vezes até quem eu sou).
E nem sempre me deparo com uma sensação tremendamente agradável. Às vezes, fico me perguntando, "Pra que estou fazendo isso?". Afinal, a rotina deveria ter um motivo além de si mesma. Deveria ter um propósito concreto, alvos de curto, longo e longíssimo prazo. Assim como todo mundo precisa de uma certa rotina, todo mundo também tem suas expectativas. E com elas, as suas esperanças. Uma boa esperança gera motivação e ânimo para engajar na rotina, não é mesmo?
No entanto, na luta para manter uma boa rotina, acabo muitas vezes me esquecendo totalmente das minhas esperanças. Acho que não sou a única que acorda de manhã e às vezes conclui que só quer que o dia termine, seja por enfadonho ou cansaço. É um tiro no pé. A esperança é o combustível da vida. Se estamos esperando sem saber pra quê, as coisas meio que perdem o sentido, não é? Estamos apenas nos enganando com combustível adulterado, inventando motivos para seguirmos a rotina, esperando chegar o fim do dia para descansarmos, o feriado para irmos naquela viagem, o aumento do salário para comprar aquele carro, a chegada do amor verdadeiro para completar nossa vida, a formatura, a aposentadoria, e, muitas vezes, a própria morte. São motivações, mas não são esperança verdadeira.
E agora me caiu a ficha. Minha rotina, por mais que a idealizo, não tem priorizado a renovação da esperança verdadeira e, por isso, minha rotina está fadada a falhar eventualmente... Por mais que minhas expectativas se realizem, nunca terei satisfação ou alegria verdadeira no dia-a-dia se eu não tiver esperança. Meu filho pode crescer, ser saudável e ter muito sucesso na vida. Mas tudo isso passará. Como diz o autor de Eclesiastes, "tudo é vaidade!"
No entanto, Lamentações 3.21 diz "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança." E o autor segue explicando numa poesia muito mais profunda do que eu poderia comentar agora.
Esse texto será minha devocional de hoje antes de dormir. Esse e o texto que John Piper escreveu com o qual me identifiquei muito, chamado "Dez Grande Lembretes Diários". Vale muito a pena lê-lo! Recomendo a todos. Acho uma fantástica ideia imprimir e emoldurar esses lembretes e pendurar onde teremos tempo para contemplá-los. Será o nosso projeto para o mês de maio! É uma forma de por em prática o versículo de Lamentações.
Você também encontra-se nessa situação às vezes?
Como você traz à memória o que te dá esperança?
Nenhum comentário:
Postar um comentário